sexta-feira, 11 de abril de 2014

Alexandra

Alexandra

Os segredos do mar.

Final






-Taylor...
ela sussurrou sorrindo.
- Você está bem? O que foi fazer dentro d’água?
Perguntava Taylor de modo frenético tentando ajudá-la a se levantar, Alexandra moveu-se um pouco, mas o suficiente para deixar os pequenos seios a mostra.
-V-v-v-você e-está nua?! Por que? Céus você é tão linda!
 Taylor estava a ponto de perder a cabeça e se inclinou para beijá-la.
-Taylor como chegou aqui ?
-Eu..eu...Droga Alexandra! Vista alguma coisa!
Taylor virou-se usando seu  auto-controle para ficar de costas para ela e começou a falar:
-Eu estava no mesmo ônibus que você! Você nem mesmo me notou! Estava tão distraída...parecia estar fazendo algo errado...bem...como...como não me ligou nem nada, afinal eu estava no hospital, fiquei um pouco gripado por causa de ontem mas...bem você nem mesmo se preocupou então quando a vi pegando o ônibus de modo tão suspeito pensei que...achei que poderia estar... me tra... in-indo se encontrar com alguém! Mas, acabei me perdendo de você na floresta e só a encontrei por causa do grito ensurdecedor que você deu.
 Alexandra agarrou-o por trás abraçando suas costas.
-Eu nunca trairia você Taylor. Eu te amo.
Tarde demais, Taylor perdeu o juízo... A voz doce e  melodiosa de Alexandra, o hálito quente em seu ouvido a pele macia de seus braços envolvendo-lhe o pescoço... e os seios tão quentes e macios... Céus! Ela estava nua bem atrás dele! Que se foda o auto-controle, as perguntas, as dúvidas...
 Taylor a agarrou girando-os de forma que ele ficasse em cima dela.
-Taylor...espe..
Os protestos de Alexandra foram interrompidos por um beijo caloroso e faminto. Taylor sabia que era a primeira vez deles e que deveria estar sendo gentil e carinhoso, mas não conseguia, Alexandra o hipnotizou de forma que seu único pensamento era estar dentro dela agora mesmo. Mas, Alexandra resistia...resistia muito.
-Por favor..Alexandra...
Ele suplicou.
-Mas Taylor...eu sou vir..
-Eu sei, eu sei. Droga! Eu queria fazer isso de outra maneira, mas eu não consigo.
E a beijou de novo, lambeu seu queixo e bochechas.
-Taylor..para..
-Não consigo!
Ele falou alto.
Beijou-a novamente e como antes ela não retribuiu, mas parou de empurrá-lo.
Taylor a beijou durante muito tempo a deixando sem ar e só parou para beijar o colo e passar a língua em seu pescoço.
-Você gosta disso?
Perguntou ele quando a ouviu gemer baixo, mas não obteve resposta o que deixou dividido entre duas sensações distintas, a primeira era ceder aos desejos dela e lutar contra si mesmo para parar com isso e deixar para uma ocasião em que não estivesse alucinado, mas a outra, e a mais forte até então, era ceder aos próprios desejos e fazê-la gostar dando-lhe o máximo de prazer que seu controle poderia. .. Taylor começou a tirar a roupa. Podia ouvir os batimentos de Alexandra  altos e martelantes. Ela não resistia mais, porém não queria aquilo e ele sabia..
-Ái!
Algo cai da cabeça de Alexandra, algo pesado e gelado.
-Taylor isso é seu?
Já sem o casaco e a camisa Taylor estava prestes a tocar-lhe  seio com a língua.
-Isso o que?
-Taylor...um...revolver? É um revolver!
Alexandra antes com o corpo quase inerte o empurrou ferozmente
-Droga!Droga!Droga!
Taylor xingou  odiando-se por sua burrice.
-Taylor David Laurence me explique o que é isso agora mesmo!
Céus! Ela fica ainda mais sexy nervosa
-Alexandra por favor...não consigo me concentrar.
Disse ele se aproximando novamente.
-Ótimo! – Ela bufou – Se é assim que você quer nossa primeira vez vá em frente não irei te impedir... mas essa será a pior experiência da minha vida.
-Mas Alexandra eu..
-Agora, se me explicar o que um revolver estava fazendo no seu casaco...eu...eu faço com você.
Taylor pensou por dois segundos e virou-se de costas para ela novamente murmurando algo como “Mas que inferno...”
-Eu menti ok? Não te encontrei no ônibus por acaso , eu estava te seguindo! Estava seguindo você com a arma que roubei do meu pai...
- O que? Por que? V-você queria me...
-Não! Não! Eu nunca machucaria você!
 Taylor suspirou pesadamente e recomeçou a falar com a voz mais baixa:
- Ontem depois que saímos da praia eu encontrei a Sofia , ela estava bastante bêbada então a levei para casa, então ela disse :” Abra o olho com a Alexandra” , é claro que eu achei insano, mas a imagem de você com outro cara me deixou louco! Seus lábios, sua pele, seu corpo... são meus! ... Alexandra é doentio o que eu sinto por você. Então roubei a arma do meu pai... se algum cara tentasse tocá-la eu... não sei do que seria capaz e fazer . Alexandra tem noção do quanto é provocante? Ainda mais agora, droga! Nem posso vê-la, mas seu cheiro e o calor da sua pele me deixam...por favor Alexandra ... Não aguento mais...
Taylor virou-se receoso, o que ela estaria pensando dele agora.
-Taylor... eu nunca trairia você.
  Dessa vez ela o beijou. “tenho que ir devagar...tenho que ir devagar” ele falava a si mesmo, mas quando sentiu os seios dela tocarem seu peito...que se foda a calma. E Alexandra não pensou em mais nada.

  Os olhos estavam marejados, as cutículas vermelhas e ruídas, os lábios tremendo e os dentes sujos com sangue, a língua ardia mas não tanto quanto sua alma. Nas mãos tufos do couro cabeludo dele perfeitamente lavado pela água do mar. O coração parecia ter começado a bater naquele instante e lentamente o animal piscou, os dedos apertaram a carne fria, os dentes batiam um no outro e o coração agora mais rápido, revelava a verdade em cada batida.
 Eu –tum – Devorei – Tum – o garoto –tum – que eu amo –tu –tum –tum

 O grito ecoou pela relva, estremecendo os grandes predadores e espantando os pássaros do grande orvalho de folhas secas.
  Eu não quero ser um monstro!
  Eu não quero ser igual a minha mãe!
 Alexandra tremia, tudo havia mudado em um dia, agora ela sabia da sua mãe, sua avó e...dela? Não!Não! Não teria o mesmo destino.
 Ainda lembrava-se dos beijos descontrolados , porem gentis de Taylor e logo em seguida de seus gritos e olhar de horror.
-Taylor...eu sinto tanto...
 Ela olha para o cadáver desfigurado na beira da praia .
Só tem um jeito de acabar com isso, pensou.
Colocou o revolver na boca, um lágrima pesada e quase negra carregada de dor, ódio, amargura e culpa escorreu sobre a face perfeita e odiável, puxou o gatilho.


  Obrigada a todos que acompanharam o meu conto e me deram força para continuá-lo. Um beijo e até o próximo trabalho.