domingo, 30 de setembro de 2012

Culpa

Meus lindinhos sem regras podem pular de alegria!
Mais um cap do livro! -risos-
Eu estava tão ansiosa para que lessem o que aconteceu depois daquela briga horrível!
Eu imagino o quanto devem ter me xingado -risos-
Bem ai vai ele.
Meel


                   .10 Culpa

Aiin! Qual é o número da emergência mesmo?
190? 199?...
Ah! Que droga! A visão está embaçada por causa das lágrimas!
Ah! Brunno...
Paulynha...
Tudo! Está tão errado!
Arg!Arg!Arg!
O que eu faço?
ARG! QUAL É O NÚMERO DA EMERGENCIA?

Eu estava completamente desesperada.
Não sabia o que pensar.
 Só queria que tudo isso fosse um sonho. Um pesadelo, um terrível pesadelo. E que depois acordaria no meu quarto e iria pra casa da Paulynha para fazermos algo idiota só por diversão.
Mas não, isso tudo era real. Eu disse coisas terríveis a minha melhor amiga e meu amigo estava desmaiado no meu sofá.
Eu estava a ponto de desistir e começar a gritar por socorro.
Mas então ouvi um barulho assustador no momento, uma risadinha de deboche que eu conhecia muito bem.
Como se eu tivesse levado um choque virei para o sofá, e lá estava ele.
O Brunno se sentava no sofá com a mão na testa e rindo.
-(risos) Uau! Eu nunca poderia imaginar vocês duas brigando desse jeito!Você realmente me surpreendeu Meel.
Ele riu.
-O que? Você está bem? Como assim?Nos ouviu brigando?...Mas você está sangrando!
Minha cabeça girava.
-Meel não chore por aquela loira idiota! – Disse o Brunno e puxou para sentar ao lado dele. – Eu fingi o desmaio. Isso não estava nos planos, eu juro. Mas eu queria que você desse atenção só pra mim. Não queria brigar com a loira hoje, tenho uma coisa muito importante pra te falar.
-Então... foi tudo...mentira.
Eu gaguejei as palavras, não dava para acreditar.
-Tudo? Acha que esse sangue aqui é falso?
Ele disse em tom de riso e me amostrou a mão suja de sangue.
Ele se levantou do sofá me deixando sozinha, e quando, voltou, eu estava parada do mesmo jeito, mas ele estava com as mãos lavadas e uma gaze no ferimento da testa.
-Por quê?
Foi só o que saiu dos meus lábios. Eu estava chocada demais.
-Meel, preste atenção. Eu só fingi o desmaio para você ver que essa loira não presta. E depois olha tudo que ela disse pra você? Ela não é sua amiga.
Disse o Brunno.
-E as coisas terríveis que eu disse para ela?É tudo por sua culpa!
Como pode fazer isso Brunno?
Eu ainda não tinha parado de chorar. Mas agora perecia que as lágrimas desciam ainda mais depressa. 
-Epa! Espere um momento. Caso não se lembre foi a loira que me agarrou e me beijou! E eu não disse as palavras por ela! E quer saber de mais se eu não tivesse fingido o desmaio a briga seria evitada?
Disse Brunno se defendendo.
-Mas é claro que seria evitada! Brunno tem noção do que acaba de fazer?
Me deixou preocupada e deixou que eu colocasse toda a culpa na Paulynha!
Eu disse em meio às lágrimas.
-Mas a culpa foi toda da Paulynha!
-É claro que não! Você teve uma boa parte na culpa também! Se não tivesse fingido o desmaio a briga seria entre vocês dois! E Paulynha não me odiaria agora!
Não precisei de mais nada me joguei no chão e comecei a chorar.
Estava tudo tão errado!
-Meel, Meel! Não fique assim. Me desculpe.
Ouvi o Brunno dizer antes de sentir suas mão nos meus ombros.
Eu queria me sacudir e expulsá-lo da minha casa, mas não consegui, apenas ergui o corpo e o abracei.
-Shhhhh. Vai ficar tudo bem. Eu prometo. Me desculpe, desculpe.
Ele sussurrava em meu ouvido.
Eu queria estar com raiva dele, mas eu só conseguia sentir remorso, eu falei muita besteira para a Paulynha, e agora mais do que nunca eu precisava de um amigo, e errando ou não e Brunno era meu amigo.
-Chore. Pode chorar.
Ele sussurrava pra mim e mexia no meu cabelo.
Eu chorava muito, a camiseta dele estava ficando ensopada, mas ele pareceu não ligar para isso.
-Eu te amo Meel. Vou cuidar de você. Vai ficar tudo bem eu juro. Desculpe-me
Ele continuava sussurrando.
Era realmente reconfortante ouvir a voz meio rouca dele enquanto o abraçava, eu me sentia segura.
Mas de repente a mão dele que estava envolvendo minha cintura se afrouxou e ele parou de mexer no meu cabelo.
Eu não queria que o abraço acabasse não estava pronta para isso e então o apertei mais, mas ele me afastou com uma mão no meu rosto e a outra soltava os meus braços de volta dele.
Olhei-o confusa, mas quando vi seus olhos, relaxei. Não tinha raiva ou coisa parecida. Havia ternura e algo mais que não reconheci de imediato, mas, assim que ele colocou meu rosto entre as duas mãos percebi que era paixão.
A respiração dele era tão descompassada quanto a minha.
Eu não entendia direito o que estava acontecendo.
Ele apertou um pouco meu rosto entre as mãos e lentamente aproximou o rosto do meu.
O hálito era de menta com limão, a bala favorita dele, era gostoso.
Das duas uma. Ou eu não tinha forças para impedir ou não queria impedir.
Foi tão devagar que poderia ter piscado cinco ou seis vezes antes de sentir os lábios dele nos meus.
Não foi exatamente o que eu chamaria de um beijo, afinal, eu permaneci de olhos abertos e nenhum dos dois fez qualquer movimento.
Ele apenas encostou os lábios nos meus e assim permaneceu durante três segundo. Foi estupidez eu sei, mas eu contei.
Depois me olhou, talvez para ver minha reação de aprovação ou reprovação. Não sei o que estava em meu rosto ou em meus olhos, mas ele tocou os lábios nos meus de novo, dessa vez ficou apenas dois segundos e depois mais uma vez e nessa, quatro segundos e meio. Perguntei-me até quando ele faria isso, até quando eu deixaria que ele fizesse isso.
Mas então na quarta vez eu senti seus lábios se entreabrirem sob os meus e sua língua encostar nos meus lábios e os abrirem invadindo minha boca.
Suas mãos saíram de meu rosto indo uma para meu pescoço e a outra para minha cintura.
Sua boca movia-se com a minha em um ritmo lento e diferente.
Eu não conseguia pensar. O beijava também. Minhas mãos o seguravam com força de encontro a minha boca e eu brincava com a língua dele de uma forma gostosa.
Eu me entreguei completamente aquele beijo inesperado, sem pensar nas conseqüências.
Seu hálito de menta e limão me deixava tonta, os lábios dele eram gentis e calmos, o beijo foi lento, gostoso, diferente. A língua dele era macia e gostosa, ele entrelaçou os dedos no meu cabelo e assim continuou naquele beijo, enquanto eu só queria mais e mais disso.

Mas então o raciocínio tomou conta de mim.
Afastei os meus lábios dos dele só para ter certeza que isso estava realmente acontecendo, e quando abri os olhos o encontrei ainda de olhos fechados e um sorriso fofo se abrindo, ele abriu os olhos e me encarou com a expressão surpresa, eu mordi o lábio inferior demonstrando minha insegurança.
-Venha, levante desse chão vai acabar ficando resfriada.
Foi só o que ele disse antes de me levantar e sentar comigo no sofá.
Ele me pôs deitada, encostando a cabeça em seu peito enquanto me envolvia com os braços, ergueu meu rosto pelo queixo e mais uma vez encostou os lábios nos meus.
Secou as lágrimas que finalmente pararam de cair, beijou minha testa e disse:
-Descanse, teve uma manhã puxada. - Ele riu e depois continuou. – Eu vou cuidar de você. Eu te amo Meel
Ele repetiu.
 Eu realmente estava exausta. Não disse nada, por que não tinha nada para dizer por enquanto. Fechei meus olhos e adormeci nos braços dele.

Ta bom Meel, agora é a melhor hora para colocar as coisas no lugar.
Sem tanta preocupação e sem as emoções estarem fazendo carnaval dentro de você.
Hoje você acordou depois de um sonho no mínimo diferente.
Depois que rejeitou maquiagem, contou seu super segredo a sua melhor amiga.
Descobriu que seu super amigo estava indo visitá-la e não pensou em mais nada.
Sua amiga agarra e beija seu amigo na sua frente.
Você não fez nada pra impedir.
Sua amiga taca um abajur na cabeça dele.
Ele finge que desmaia e você se desespera.
As duas brigaram feio.
Sua melhor amiga te odeia.
Você descobre o fingimento de seu amigo, mas está tão desorientada que não consegue odiá-lo.
Ele tenta reconfortá-la quando você desaba.
E você Meel, o beija.
Nossa! Que dia melodramático ein!
Ok. Já colocou as idéias em ordem. Agora acorda e comece a agir.

Abri os olhos devagar e olhei ao redor, estava no meu quarto.
-Brunno?
Chamei baixo.
-Estou na cozinha Meel.
Ele respondeu.
Me sentei na cama e cocei a cabeça. A conversa comigo mesma tinha me deixado mais tranquila.
Levantei-me da cama e fui em direção a cozinha,
-Dormi durante quanto tempo?
Perguntei.
-Não muito, quarenta minutos na verdade.
Brunno me respondeu, quando o olhei direito percebi que ele estava sem a camisa.
Uau! Ele era sexy. Musculoso, peito sarado, barriga definida.
-Erm... desde quanto está malhando?
Eu perguntei sentando-me na mesa.
-Ah! Dá pra notar?
Ele riu.
-Só um pouquinho.
Eu menti.
-Desde uns três meses por ai.
Ele disse. Andou na minha direção e colocou uma caneca diante de mim na mesa.
- O que é isso?
Perguntei.
-Chá de erva cidreira. Acalma as emoções.
Ele respondeu e se sentou na cadeira a minha frente.
-Hum.
Eu peguei a caneca e bebi um gole, fiz o possível para não engasgar estava quente!
Suspirei, estava na hora de falar.
--Brunno. Meel.
Atropelamos as palavras um do outro falando ao mesmo tempo.
Ambos rimos.
-Pode falar.
Me disse o Brunno.
Suspirei de novo e tomei mais um gole do chá esquecendo-me de novo que estava quente e dessa vez me engasguei.
-Ei, você ta bem?
O Brunno perguntou se pondo ao meu lado em segundos, bateu de leve em minhas costas em quando eu tossia.
-Sim. – Cof-cof. – É só que está quente.
Eu disse e depois forcei um sorriso... isso só acontece comigo.
Quando olhei o Brunno ele estava mais perto do que eu esperava.
Os olhos verdes mais escuros que os meus me hipnotizaram, os lábios carnudos e macios fizeram minha mente viajar. O Hálito de menta e limão fizeram minha vontade de beijá-lo reascender. Umedeci os lábios com a ponta da língua, estava pronta para beijá-lo de novo. Mas assim que eu me aproximei de seus lábios, pensei. Não era isso que eu devia fazer, devia pedir desculpas e arrumar um jeito de solucionar os problemas que eu mesma me meti.
-Hum. Erm. – Eu virei o rosto. - Estou melhor, obrigada.
Quando olhei pra ele agora um pouco mais distante percebi em seu rosto desapontamento, mas, ele logo se sentou novamente no lugar.
-Desculpe. Devia ter avisado que estava quente.
Ele disse abaixando o olhar.
-Tudo bem.
Eu respondi.
-Bem, mas... O que você ia me dizer?
Ele me encarou.
-Ah! Fale você primeiro não era tão importante assim.
Eu disse, ainda tinha que tomar coragem para falar.
-OK. – Ele suspirou. – Bem é que. Eu queria... sabe... Desculpar-me com você.
Eu ia dizer a ele que não precisava fingir o desmaio foi horrível mais a culpa não era só dele. Mas ele não deixou.
- Não queria te beijar... quero dizer...queria sim mas...não dessa forma...eu...quer dizer...eu sinto muito...não pelo beijo... Que a propósito... UAU! Foi ótimo... mas...pela forma de como consegui o beijo... Eu me aproveitei da situação. Não queria que fosse assim.
Olhei-o surpresa. Ele se desculpando pelo beijo. Eu devia me desculpar, ele queria me reconfortar e EU me aproveitei da situação.
-Erm.. Não, não. Eu é que devia me desculpar, você não se aproveitou da situação... Queria me ajudar e me acalmar eu é que... Me aproveitei de você.
Eu ri sem graça.
-Na verdade não, eu queria te beijar.
-E eu também.
Paramos olhando um para o outro.
Então ninguém se aproveitou de ninguém.
Eu queria e ele também.
- Você queria?
Ele me perguntou surpreso alguns segundos depois.
-Bem... sim...quero dizer, não desde o começo afinal não foi algo premeditado, mas depois eu quis.
Eu respondi totalmente sem graça.
-Pois eu sim. Quis desde o começo, aliás, desde muito antes disso, desde... a primeira vez que eu te vi.
Ele disse e depois abaixou a cabeça dando um sorrisinho sem graça.
-Como?
Eu perguntei confusa.
- Era isso que eu queria te contar. Quando eu te liguei dizendo que não estava bem.  É por que...
-Por quê?
- Eu não estou mais agüentando isso.
Ele disse.
- Brunno do que você está falando?
Arg! Todos sabem que eu odeio suspense!
-Meel eu te amo.
Ele disse por fim.
Hã? Como assim? Não, não. Eu estou louca! Ele não disse isso!
Já sei, vou me fazer de sonsa.
-Ah! Brunno, eu também amo você.
Uau! Eu sou uma ÓTIMA atriz.
-Ah! Meel não se faça de sonsa! Eu te amo! Sou apaixonado por você, quero ser eu namorado!
-Não!
Eu gritei
O rosto do Brunno se desmoronou.
-Mas, você nem sequer me deu uma chance, não sabe como vai ser.
-Não!Não Brunno! Não faça isso! Por favor! Não.
-Mas...
-Eu não quero isso! Eu não preciso disso! Já tenho coisas de mais! Não quero isso! Por favor!
Estava a ponto de desmoronar e começar a chorar de novo, mas acho que já tive um dia com dramas de mais então me segurei.
-Não sou bom o suficiente pra você?
Ele segurou minhas mãos sobre a mesa.
-Não é isso. Só não quero pensar nisso agora ta bom? Eu preciso de você como um amigo! Não preciso de mais problemas pra mim!
- Está dizendo que sou um problema?
Ele soltou minhas mãos.
-Estou dizendo que já tem coisas de mais pra eu pensar.
Eu abaixei o olhar para a caneca, com certeza já estava mais fria.
Peguei-a com a mão e bebi um gole.
-Ta bom então. Desculpe.
Ele disse e já estava pronto para se levantar.
-Não. Fica... eu preciso de você...como um amigo, preciso de você assim.
Eu supliquei.
-Desculpe Meel, não foi só você que teve um dia difícil hoje.
Ele disse isso e passou por mim as pressas.
Ah! Que ótimo. Ele me deixa brigar com a minha melhor amiga e fica magoado comigo!
Legal!
.........................................................................continua..........................................................................
E então o o que acharam? Comentem e me digam por favor -risos-
Bem por hoje é só.
Beijos voadores.
By: Eu.
   



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