quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Surpresa

E ae meus leitores FAVORITOS -risos-
Como vai a vida sem regras?
A minha está bem , obrigada.
E então, ansiosos para o segundo capítulo do livro? -risos-
Bem, ai vai ele:



.2 Surpresa

 Abri meus olhos, de manhã, o embaçado normal logo foi embora depois que coloquei meus pés no chão, totalmente sonolenta, fiquei de pé e tombei para o lado, caminhei lentamente até o espelho, eu estava medonha!Corri para o banheiro e bati umas três vezes na parede, entrei debaixo do chuveiro.
Água gelada!Ah!Não ligo, assim é bom que desperta.
Peguei o sabonete, e comecei a passar pelo corpo.
Espere... Ah!Que maravilha. Ainda estou vestida com minha camisola!Arg!Como sou burra!
Tirei a roupa e terminei o banho.
 Enrolada na toalha e de cabelos molhados voltei para o meu quarto vesti minha roupa, coloquei um macacão jeans, sobre minha baby-look azul clara, sabia que Paulynha viria me chamar logo. 
 Liguei o computador e coloquei minhas musicas favoritas em seqüência.
Primeira: Amanhecer no teu olhar - Restart
Segunda: toxicity – System of a Down
Terceira: Numb – Link Park
Quarta: A chuva de novembro - Projota
Quinta: Brick by boring brick– Paramore
Sabia que não ia conseguir passar de cinco musicas.
 Não deu tempo de chegar à quarta,a campainha tocou,sabia que era Paulynha, por isso nem me incomodei em sair de meu quarto. Somente abaixei o volume do computador e gritei:
-Entre!
Escutei o barulho de a maçaneta girar e porta chacoalhando depois mais uma vez a campainha.
Arg! A porta estava trancada!Por que Paulynha não pega a chave reserva? Ops! Não temos mais chave reserva, ela sumiu e mamãe teve que trocar a fechadura pela terceira vez no mês.
Levantei-me e abri a porta sem olhar no olho mágico, e para minha surpresa não era Paulynha que estava ali, e sim o Bêe... Bernardo meu irmão mais velho de 19 anos, na verdade não era meu irmão de sangue, mas minha mãe namorou o pai dele durante uns meses e depois disso... Não deixamos de ser irmãos.
-Bêe!
Eu disse surpresa abraçando-o, fazia um bom tempo que ele não vinha nos visitar (eu e Paulynha) O Bêe estava bem diferente desde a ultima vez que nos vimos, estava mais alto o cabelo castanho claro mais cumprido e com luzes, mais musculoso e se não me engano, mais bronzeado, em outras palavras mais lindo!
-Oi Meel!
Disse ele me abraçando.
Beijei o rosto dele exageradamente, para demonstrar a saudade que sentia, ele ria.
-Nossa!Mas que saudade!
Eu disse.
-Eu também Meel!
Ele parou de me abraçar, e pegou minha mão logo me puxando para fora de casa.
-Ei... Aonde vamos?
Eu disse, mas não resistia a ir, eu iria até o fim do mundo sem temer, se o Bêe estivesse comigo.
-Eu tenho uma surpresa para você.
Ele disse e sorriu maliciosamente.
Logo tínhamos passado meu jardim e o portão estava aberto, foi ai que finalmente eu vi. Uma linda moto vermelha estacionada na calçada parei de andar. Mas diferente de como eu imaginava Bêe não me puxou.
-Linda né?
Disse ele satisfeito a me ver de boca aberta.
-A-a-a-g-a.
Eu gaguejei.
Bêe riu.
-Meu pai me deu a uma semana, pensei que talvez você quisesse dar uma volta nela com seu irmão favorito.
-Bêe – Consegui arfar – Eu. Te. Amo.
Disse devagar, antes de sair correndo para a moto.
-Ei!Eu achei que iria ganhar um abraço e milhões de beijos!
Resmungou Bêe rindo, mas eu não dei atenção, só via a linda e visivelmente rápida moto estacionada na minha frente, Bêe sabia o quanto eu era apaixonada por motos!Principalmente as verde florescentes e vermelhas... Eu definitivamente amo o Bernardo Medeiiros!
-E então?Vai ficar ai babando nossa moto ou vamos dar uma volta?
Disse Bêe sorrindo enquanto montava na moto, eu não tinha percebido que ele se aproximara, mas nem estava preocupada com isso, minha mente não prestou atenção em mais nada, a não ser na palavra “nossa”.
-Como é?
Eu perguntei incrédula.
-Se você não quer dar uma volta eu entendo... Mentira... não entendo...mas finjo que entendo...
-Você disse N-O-S-S-A? – Eu soletrei ridiculamente a palavra, surpresa de mais para repeti-la.
Bêe riu.
-Sim, nossa moto!
Não resisti, pulei em seu pescoço abraçando-o e enchi seu rosto de milhões de beijos.
-Ebaa!
Bêe vibrou e bateu palminhas idiotamente.
Eu subi na moto em um pulo.
-Ei, nada disso mocinha, capacete!
Disse Bêe me passando o capacete, que eu não tinha percebido que estava em sua mão.
-Arg!
Eu coloquei o capacete.
-Senti saudade do seu “Arrog”!
Bêe riu ao imitar horrorosamente meu som de frustração.
Eu não pensei em mais nada, só na velocidade, o vento vinha e eu o sentia em minha pele com alegria... mas...mas...
-Pare!
Gritei, Bêe se assustou e parou logo na esquina, não havíamos nos afastado nem meio quilometro.
Eu tirei o capacete e o guardei rápido de mais para que Bêe me impedisse.
-Pronto, podemos continuar.
Eu disse sorrindo.
-Ah!Não acredito que você fez isso Meel! Eu fiquei desesperado de que algo sério tivesse acontecido com você! – Disse Bêe nervoso, confesso que não previ que ele ficasse assim – Dessa já de minha moto!
Bêe me ordenou.
Eu reprimi um riso, ele parecia realmente zangado, mas o que Bêe não sabe, é de como ele fica fofo zangado.
-Eu pensei que fosse nossa moto! – Lembrei a ele tentado deixar minha voz tão irritada quanto à dele, com um sucesso inesperado, eu sabia que era boa atriz, mas nem tanto. – Ah!Droga!
Gemi.
-O que foi agora?
Disse Bêe à voz agora estava bem mais calma, porém sarcástica.
-É a Paulynha, acabei de vê-la atravessando a rua.
Eu não podia ver o rosto do Bêe, mas sabia que ele havia se iluminado em um sorriso.
-Quer fugir dela?
Perguntou-me Bêe com cara de decepcionado que eu tenho certeza que se tivesse visto não resistiria
-Aiin! Por favor, Bêe, eu prometo que depois eu os deixarei sozinhos!
Supliquei.
-Tudo bem, vamos.
Disse Bêe tristonho.
Eu me sentia mal por estar deixando Paulynha de fora, mais sabia que ela insistiria para Bêe levá-la a um passeio, e com toda certeza ele teria cedido, Bêe não resiste a Paulynha, isso antes me dava ciúme, mas Bêe deixou bem claro que eu era a garota mais importante da vida dele, depois disso até dei força para eles começarem um namoro, mas não adiantou. Eu amo a Paulynha, mas tudo o que eu queria agora era ficar tonta de tanto correr com a moto que era metade minha.
Agora eu sentia exatamente o que eu queria: O vento frio fazendo meu cabelo voar, meu rosto gelar, meus olhos lacrimejarem, minha pele se arrepiar e algo que eu não sei se é normal meu coração acelerar desesperadamente. A velocidade me fascina, a forma como tudo sólido e real se transforma em borrões que podemos facilmente confundir com nossa imaginação... é incrível! 
    Eu queria correr, correr, correr...
-Pronto Meel já pode descer.
Disse Bêe vendo que eu não me mexia
Quando dei por mim já estávamos em frente a minha casa.
-Aaaaaah!
Resmunguei mas desci, ainda tinha Paulynha.
Desci, totalmente contra minha vontade.
-Vamos à casa da Paulynha?
Perguntei.
Bêe não respondeu, eu apenas ouvi o barulho no motor, pronto!Eu já estava montada na moto de novo.
Não deu tempo de sentir direito todas as sensações, mas eu gostei de atravessar a rua e subir meio quilometro até a casa da Paulynha.
Peguei o meu celular e apertei “3” na discagem rápida.
-Alô?
-Apareça na varanda.
-Espere...
Então, olhando atentamente para a varanda de Paulynha eu e Bêe a vimos (Uma loirinha de cabelos soltos até a cintura, olhos cor de mel, os lábios repuxados em um lindo sorriso, a pele clara coberta de um short rosa curto e uma baby-look branca e no meio de rosa escrito “Team Robert”. Eu me lembro claramente quando ela fez essa camisa, eu fiz a do (meu lindo e maravilhoso) Taylor Lautner e ela do Robert, a minha é branca e escrito de roxo “Team Taylor”.)
Só ouvimos o: ”-AAAAAAAAAAAAAAAH!”
E ela já estava descendo as escadas e correndo até nós,digo até a moto.
-Uau Meel! Que tudo!Aiin é tão linda!Ela é perfeita!Parece muito veloz!Seria melhor se fosse cor-de-rosa, mas... nossa! Ela é perfeita!
Tagarelava Paulynha enquanto rodeava a moto.
-Sim, legal não é?
Eu disse rindo e desci da moto.
Paulynha veio me abraçar.
-Aiin Meel! Ela é simplesmente demais!
-Eu sei!Não é o Maximo!?
-Mais que isso!Ela é...é...Sem palavras!
-Eu sei...
Nós duas rimos juntas.
-Ela é sua?
Perguntou Paulynha
-Bem...só metade dela, a outra metade é do Bêe.
Eu disse gesticulando para Bêe.
-Bêe? – Perguntou Paulynha e virou-se para Bêe, só ai que eu vi que ela não havia percebido a presença dele – Ah! Olá Bernardo.
Disse Paulynha friamente.
Eu não entendi, geralmente ela iria abraçá-lo e dizer “Que saudade, cachorro!”
-Erm...oi, Paulynha.
Disse Bêe confuso com a frieza de Paulynha.
- Maria Paula! – Corrigiu ela e rapidamente virou o rosto para mim abrindo um sorriso – Bem amiga eu tenho que voltar para casa, mas assim que você tiver um tempo, volte.
-Ah! Claro amiga, pode deixar...
Eu estava super confusa . Paulynha olhou para Bêe e fez um careta, e me soprou um beijo,depois se virou e correu para dentro de casa.
Eu não poderia estar mais confusa...o que houve com Paulynha?O que será que aconteceu?
Olhei para Bêe e ele parecia tão confuso quanto eu, porém no rosto dele havia também tristeza e dor.
Droga Paulynha!Olha só o que eu tenho que ver por sua causa!Arg!
-Bêe?
Eu não sei por que o chamei,talvez por que eu quisesse dizer algo,ou por que queria distraí-lo..sei lá, eu só sei que não queria ficar vendo ele com aquela carinha de partir o coração.
-Vamos!
Disse ele somente, mudando aquela carinha de triste para uma de raiva, sua voz soou tão fria como a de Paulynha, o que eu já esperava aconteceu, Bêe ficou com raiva de estar triste.
Eu subi na moto e em segundos eu já estava em frente a minha casa, eu desci e Bêe estava pronto para ir embora.
-Não vai ficar?
Perguntei decepcionada.
-Não,eu tenho que ir.
Disse Bêe friamente.
-Ah!Fica!Eu preciso de você.
Insisti.
-Não, dá Meel...
-Por favor Bêe...pela sua irmãzinha,fica.
Eu fiz um biquinho.
-Aah!Ta bem.
Ele desistiu.

 Estávamos no meu quarto.
-Bêe,eu tenho uns problemas de matemática que só você pode me ajudar...
Eu comecei
-Aah!Meel por favor – Ele disse resmungando – Eu sei que você quer saber por que a Pauly... Maria Paula me tratou daquele jeito – Eu me virei para ele mas antes de eu responder ele continuou – Mas eu não sei...na verdade eu estou muito confuso com isso!
Bêe se sentou na ponta da minha cama, incrivelmente triste colocou a cabeça entre as mãos e ficou olhando o chão.
Aii Paulynha! Olha o que você fez com ele!
Eu me ajoelhei e o abracei.
-Bêe, tem certeza de que não sabe?Pode ter sido alguma coisa de que fez há um tempo... sabe que Paulynha é rancorosa.
-Bem... tem uma coisa mas já tem muito tempo... – Ele me encarou com o rostinho triste – Eu não sei se é isso mesmo.
Eu me levantei e sentei na cama ao lado dele, peguei sua mão e o puxei para o meu colo. Ele sempre fazia isso comigo, sempre que precisasse ele me sentava em seu colo e conversava comigo, me abraçava e quando preciso me deixava chorar, o Bêe sempre me ajudou muito, agora era minha vez.
Aiin!Bêe era pesado, eu sabia que ele não estava com todo o peso no meu colo, mas mesmo assim estava pesado
-Seja lá o que tenha acontecido, talvez explique tudo... O que foi que aconteceu?
Ele sorriu pelo fato de estar em meu colo, mas logo o rosto ficou triste novamente.
-Bem – Ele começou e ficou mexendo na minha unha, agora pintada de laranja florescente – Da última vez que eu vim aqui, nós ficamos, como sempre, e então disse: “- Uau!Hoje você está com tudo em Paulynha!
-Só eu é?
Ela respondeu.
-Mas você já esteve melhor”
Meel, eu juro que não falei por mau, eu só disse lembrando aquela vez que nós ficamos no piscibar... sozinhos... – Bêe ficou vermelho ao lembrar e depois fitou o chão – Mas ela não gostou e ficou de cara feia para mim, e foi embora, eu como sempre iria atrás dela e me desculpar, mas... Tive que ir embora lembra?...E agora quando finalmente voltei – Ele largou minha mão e gesticulou com raiva, mas ao se lembrar de que era EU que estava próxima a ele, pegou novamente minha mão e colocou a cabeça em meu ombro – Ela me odeia.
Ele murmurou
Aiin que peninha me deu do meu irmãozão.
-Bêe... Aii...poxa não fique assim. – Eu comecei a acaricia o cabelo dele – Erm... a Paulynha ama você – Ele estava pronto a levantar a cabeça e discutir mas eu não deixei – E você também a ama...só que vocês dois não querem ficar juntos eu não sei por que – Ele se levantou e dessa vez eu não pude impedir.
-EU NÃO A AMO!
Ele gritou, eu me assustei e pulei um pouco para trás na cama, ele viu minha reação e se sentou em meu colo novamente.
-Eu só... Só... me sinto... – Ele procurou a palavra. – Atraído por ela. Só.Isso.
Eu ri sarcasticamente, mas logo parei, ele não achou graça.
-Não importa.
Eu disse.
-É claro que não, ela me odeia do mesmo jeito.
Ele suspirou.
Eu ia dizer, mas alguma coisa, mas então nós ouvimos a campainha.
Paulynha?
Pensei.
Bêe se levantou, e correu para abrir a porta. Eu iria atrás mas se fosse Paulynha acredito que os dois iam querer ter privacidade.
Eu ouvi a maçaneta girar e a porta ser escancarada pelo Bêe, depois um suspiro de desapontamento, e por fim ouvi:
-E aê?
Disse Théo meu irmãozinho de seis anos.
Théo também não era meu irmão de verdade, mas minha mãe não namorou o pai dele. Na verdade Théo é filho de uma amiga minha, e como nós dois somos muito próximos eu o considero como um irmão mais novo. Ele também adora a Paulynha e a chama de “titia” e Paulynha é muito agarrada com ele.


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E então curtiram?
Espero que sim. Beijos e até semana que vem.
Fui!
 By: Eu

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