terça-feira, 16 de julho de 2013

Mar sombrio #1

Olá meu queridos! Eu estou imensamente feliz devido aos elogios que recebi desde a última postagem!
E então o mais depressa que pude  fiz o primeiro cáp de Mar Sombrio. São apenas 3 e bem curtinho, pois como havia dito é apenas uma intrudução de um trabalho maior que será postado se vocês concordarem ;)
 Bom,  só para esclarecer, Melissa agora é uma adolescente com seus 17 anos. Ela não expressa sentimento e no decorrer do conto ficarão algumas dúvidas na cabeças de vocês, entretando, serão esclarecidas no próximo trabalho, bom sem mais delongas o primeiro cáp de mar Sombrio...


CAP.1

Limpei a boca depois de ter vomitado pela terceira vez, eu estava chapada para variar.
Que porra! Eu vomitei preto?
Sai do banheiro do bar, minhas roupas velhas estavam um pouco sujas, foda-se !
-Melissa! Achei que tinha ido embora bonequinha.
Disse o velho que me pagou bebidas a noite toda...qual era o nome todo dele mesmo?
 Olhei-o e dei-lhe “adeus”, eu estava muito bêbada.
-Você vai embora? Não, espere ai bonequinha, eu não pretendo deixar você sair assim. Te paguei bebidas a noite toda quero minha recompensa.
Ele me segurou pelo braço.
-Solte ela agora!
Disse Toni o dono do bar, coroa charmoso que sempre me servia.
-Heeey, não quero confusão. Essa vadiazinha tem que me fazer ao menos um boquete. Gastei muito com ela aqui.
Disse o velhote me apertando.
-Tome aqui, é uma boa parte do que ela o fez pagar, agora saia daqui!
O velhote me examinou, depois me soltou e pegou o dinheiro.
Eu estava prestes a sair tombando  quando Toni me disse:
-Tem que parar com isso Melissa, não posso ficar devolvendo o dinheiro dos caras assim, só faço isso por que conheci sua mãe, não acho que ela gostaria de te ver assim.
Mostrei-lhe o dedo.
Pouco antes de eu passar pela porta ele disse :
-Hey Melissa! Feliz aniversário...
Fechei a porta sem olhar para trás, passava da meia noite, eu tenho 17 anos agora e minha vida continua na mesma melancolia.
Segui meu caminho, estava muito bêbada. Não me lembro de ter bebido tanto assim, Não me lembro por que bebi tanto assim e não me importava. Qualquer que fosse o motivo, se meu objetivo era esquecer, eu consegui. Então... foda-se o resto.
  Atravessar a ilha nunca foi um sacrifício pra mim, sempre consigo pegar carona de algum otário ou de alguma senhora boazinha. Fiquei na estrada e esperei.
  O cheiro da casa estava pior do que nunca! Havia quatro dias que eu tinha ido ao outro lado da ilha e toda vez que retorno, ela está pior.
Me joguei na cama e adormeci de imediato. Até sentir algo pesado e duro bater na minha cabeça com força acordei tonta e sangrando, estava tendo uma tempestade e a casa estava caindo em pedaços, levantei-me depressa a ventania fazia as árvores ricochetearem. A cabana quase não existia mais então sai dela, olhei o mar a minha frente, ele estava furioso. É estranho uma pessoa que mora em uma ilha ter medo do mar, mas não fui sempre assim, o mar costumava me trazer paz e segurança, isso até meu pai desaparecer quando eu tinha 13 anos, depois disso nunca mais entrei no mar. Foi quando os trovões e raios começaram que pude ouvir as ondas me chamarem como um canto. De uma voz doce e não humana, parecia um instrumento dos deuses.
 Devagar tirei minha roupa e caminhei até o mar agitado com as areias batendo forte nas minhas pernas e galhos caídos me provocando feridas. Ao encostar os dedos dos pés na água meu coração disparou e então eu senti, uma dor descomunal e antes que eu pudesse sair algo afiado como espinhos grandes, pegou minha perna e me levou para dentro do mar, desmaiei.
 Suspirava lenta e profundamente,eram suspiros longos e contínuos.
Eles se repetiam deixando uma sensação estranha em meus pulmões.
O ar estava espesso, nunca havia sentido nada assim antes. Só depois que percebi que estava debaixo da água! Respirando debaixo da água...
Abri meus  olhos que aquela familiar figura monstruosa estava bem na minha frente, meu coração soltou com o medo, os olhos de fogo me penetravam, o sorriso tenebroso revelavam os dentes afiados da besta. O que era ela? Os longos cabelos alisavam meu rosto como se estivessem com vida.
Ouvi risadas assustadoramente infantis   , virei-me e pude ver um vulto nadar bem próximo a mim, um calafrio percorreu-me toda. Comecei a então não suspirar mas “respirar” cada vez mais depressa, virei-me novamente e o monstro não estava mais ali fiquei ofegante, a água entrava e saía de minha garganta agora de uma forma cada vez mais sufocante se tornou pesada e não conseguia mais puxá-la pelo nariz. Ouvi as risadas infantis agora vindas de diversos lugares, virava-me descontroladamente, não enxergava nada além da imensa escuridão do oceano, então de repente...Me deparei com um enorme tubarão branco à dois metros de mim.
 “Gritei”, senti meus pulmões inflarem e então engoli água, estava me afogando, lutei com desespero para fugir, porém minhas pernas não se moviam, eu estava morrendo, de novo.
-Melissa...bata a cauda.
Ouvi o sussurro familiar.
Pude então sentir que não tinha mais duas pernas, mas algo que as juntava em um só, movi rapidamente, tão rapidamente que em poucos segundos senti ondas e ouvi a superfície, ondas. Mantive a velocidade e saltei para fora da água como um golfinho. Ao sair da água toda minha pele coçou descontroladamente, senti como se meus poros estivessem secando rápido da forma mais dolorosa possível. Cai no mar e mais uma dor inexplicável, senti minha pele separar-se em pequenos pedaços como escamas, era difícil dizer qual dor era pior. Continuei nadando, eu queria sair dali, eu queria sobreviver.  Em pouco tempo senti a areia e saí da água, foi então que eu gritei, realmente gritei,o grito mais alto que consegui dar em toda minha vida, a dor que sentia era a pior tortura que um ser pode sentir, minha pele queimava e coçava, os ossos das minhas pernas se quebravam, eu me contorcia, até que desmaiei.




 E então? Bem, deixem um comentário do que acharam ;)

 By: Eu

Ps: Críticas são muito bem vindas

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